quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Número 37 (2007)

Paixão

Abri a porta de minha casa com a esperança que entendesses que o meu sorriso estava ali para te felicitar.
Para te dizer que por vezes tremo por dentro quando te vejo, fico ansiosa porque te quero muito.
Por vezes não sei se te vou agradar naquele momento em que te quero tanto.
Visto uma roupa confortável, mas não descuro aquele pormenor que poderá revelar que estás atento a mim.
Convido-te a entrar e peço-te que me acompanhes, porque te quero mostrar qualquer coisa do meu dia que me foi importante.
E assim te trago até mim.
Por vezes beijo-te. Outras vezes falo-te. E em qualquer uma das situações, a tua atenção, dedicação e curiosidade é sempre a mesma.
Como o primeiro beijo que demos, como a primeira vez que te falei sobre mim.
Sempre deixei todos os outros beijos para trás, e os abraços também. Alguns guardei com carinho, outros deixei que a memória os transformasse,
mas os teus são diferentes.

E hoje já não sou exactamente como era.
Agora fico contigo. Mesmo quando nos desentendemos, prefiro ficar.

A ideia de não estarmos num qualquer lugar a discutir as nossas diferenças apaga-me a felicidade.

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